Nascidos há uma década no seio da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, os Ligados às Máquinas têm desenvolvido, com o musicoterapeuta Paulo Jacob, ferramentas e metodologias de trabalho inovadoras e promotoras da plena participação artística.
O processo criativo dos Ligados às Máquinas sempre se destacou pelo uso, adaptação e criação de soluções de hardware e software que permitem aos integrantes – músicos com alterações neuromotoras – ter controlo e autonomia para disparar samples em tempo real em dispositivos adaptados.
Em 2023, em colaboração com a Omnichord e numa residência artística para o Festival NASCENTES, o projeto adotou uma nova abordagem criativa e participativa, iniciando um processo de colaboração direta com diversos músicos e compositores, que cederam excertos musicais inéditos de forma a criar um arquivo sonoro que potenciaria novas composições feitas a muitas mãos, vozes e corações.
Entre os que aceitaram o convite estão nomes como Ana Deus, Bruno Pernadas, Cabrita, First Breath After Coma, Gala Drop, Joana Gama, João Doce, José Valente, Moullinex, Orquestra e Coro da Gulbenkian, Retimbrar, Rita Redshoes, Salvador Sobral, Samuel Martins Coelho, Samuel Úria, Selma Uamusse, Surma, entre muitos outros.
O resultado acaba por ser uma fusão única de estilos musicais, do hip-hop ao fado, do rock ao techno, do blues à world music e da música erudita à música concreta, culminando num disco que se traduz numa linguagem única.
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