Filipe Furtado continua a apresentar músicas do seu segundo álbum "Como Se Matam Primaveras".
“Ada” é a segunda janela que se abre neste universo de “Como Se Matam Primaveras”, cantada a duas vozes na companhia de Ana Maria Pardal, que sabe navegar naturalmente essa intemporalidade dos timbres da tradição popular. O dueto é uma leitura musical sobre o romance de Vladimir Nabokov. A excepção que confirma a regra, um álbum que abraça deliberadamente os desvios e as ramificações instrumentais, aqui entregue a uma balada sem estradas paralelas ou desvios da canção.
Gravado entre Lisboa e Coimbra, nos estúdios da Escola Superior de Música e da Blue House, este compêndio de novas canções envolve a relação umbilical e musical com Alexandre Furtado, irmão mais novo e conhecedor íntimo dos primeiros esboços das composições, que assume a captação, mistura, masterização e assina a produção do álbum.
O novo trabalho irá sedimentar o formato trio junto dos camaradas Filipe Fidalgo (saxofone) e Paulo Silva (bateria). Na passagem pelos muitos palcos desde da estreia de "Prelúdio" (Marca Pistola, 2022) e nos novos processos de escrita e composição, gradualmente, foram deixando a guitarra em segundo plano, para que o piano e os teclados continuassem esse universo que o single "Uma Coisa Linda Morrer" prometia.
Os temas do novo disco abraçam sem medo o espaço, cada vez maior e assertivo, entre as letras e instrumentais do trio. As influências do jazz e do cancioneiro tradicional imiscuem-se nos universos indie e bebem de referências mais cinematográficas. Importa a viagem e cada um dos seus portos de abrigo.
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