Entre 10 e 18 de Agosto irá decorrer o FAZUNCHAR, festival promovido pela Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos, para a promoção da arte e cultura no concelho. É um festival multidisciplinar que celebra a arte nas suas mais diferentes formas, promovendo a integração do público e dos artistas numa comunhão com o meio envolvente, e que recebe da parte dos residentes um carinho e sentimento de pertença muito grande.
Pinturas murais, residências artísticas, concertos, oficinas, visitas e exposições continuam a fazer parte da diversidade cultural apresentada pelo Fazunchar.
Com o Fazunchar Figueiró dos Vinhos tornou-se uma referência no panorama da Arte Urbana Nacional, como galeria de arte viva a céu aberto, que em muito contribui para o desenvolvimento da região.
O nome FAZUNCHAR significa Fazer. Pertence a um dialeto local, o laínte, usado outrora no território pelos comerciantes para que não fossem entendidos. E é o que se pretende, fazer, redesenhar mundos com a curadoria de Ricardo Romero.
A programação do festival arranca no dia 10 de Agosto, pelas 16h00m no Museu e Centro de Artes, com a inauguração da exposição de pintura do pintor Martinho da Costa, resultado duma residência artística da edição anterior do Fazunchar.
Dia 12 de Agosto dá-se início ao trabalho das pinturas murais/ escultura que irão decorrer durante a semana pelo concelho de Figueiró dos Vinhos pelos vários artistas que estarão presentes este ano no festival: Fred Battle_Zoerism (FR), Manolo Mesa (ES), Regg Salgado (PT) e Mariana Santos (PT).
A meio da semana, dia 14 de Agosto, pelas 10h00m haverá uma Visita Guiada para Crianças e pelas 14h30m acontece a Oficina Thrásos, uma oficina de exploração artística multidisciplinar (escultura/ pintura) com Ricardo Romero onde vão ser trabalhados conceitos de criação artística, bem como de ocupação em espaço público.
É no fim de semana de 16, 17 e 18 de Agosto que decorre grande parte das actividades/ programação do Fazunchar.
No dia 16 de Agosto, pelas 17h45m, acontece a Visita Guiada pela Rota de Arte Urbana feita a pé num deambular pelo centro histórico que mostra um roteiro que tem vindo a crescer devido ao acréscimo de pinturas de ano para ano. Nesta visita são revelados os artistas que passaram pelo Fazunchar, através das pinturas que vão deixando no festival. Na primeira noite do festival, no Museu e Centro de Artes, é dado a conhecer o resultado das 3 residências artísticas: Inesa Markava, Pedro Coquenão (Batida) e Sílvia Santos. Pelas 21h30m, é dado a conhecer o resultado da residência artística de Sílvia Santos, artista plástica especializada em Stop Motion, cuja jornada artística é um testemunho da sua versatilidade e paixão pela expressão visual. Logo a seguir, às 22h00m, decorre a Visita Dançada com Inesa Markava para a quala dança contemporânea, as novas linguagens coreográficas e outras formas de expressão corporal tornaram-se o seu principal interesse para descobrir e desenvolver e, no caso específico do Fazunchar, uma dinâmica, através de linguagem não verbal do corpo em movimento, de exploração do espaço arquitetónico da vila. Às 22h45m é apresentado o resultado da última residência artística, de Pedro Coquenão (Batida), cuja experiência em Figueiró dos Vinhos impulsionou a criação artística, através do desenvolvimento de diversos processos, no território físico e imaterial. O último momento da noite arranca às 00h00m com DJ Xandi Rehael.
Dia 17 de Agosto, o dia arranca logo pelas 9h30m com A Rota dos Fregueses de Autocarro. Começa de manhã, com uma paragem para almoço e retoma à tarde. É uma visita que leva os visitantes ao interior profundo do concelho, às freguesias e mostra aldeias pitorescas, onde a água e os ribeiros ganham corpo, locais onde também as pinturas foram chegando, e onde os habitantes mais solitários encontraram companhia durante uma semana cheia de partilhas. A noite acontece no Jardim do Museu e Centro de Artes e arranca às 21h30m com a Roda de Conversa com os Artistas na qual os artistas falam da sua passagem pelo festival e partilham a sua experiência desde o momento em que começaram a pensar no que iriam fazer no Fazunchar. O que leram, o que pesquisaram e o que foram descobrindo sobre Figueiró e o impacto que isso trouxe para o que executaram. O festival continua, às 22h30m, com o concerto de Mimicat, vencedora do Festival da Canção em 2023, e às 23h30m, com os Beatbombers, dupla constituída por DJ Ride e Stereossauro. A noite termina com os DJs An Alpha Betos.
O último dia do Fazunchar, 18 de Agosto, começa no Jardim Parque Municipal pelas 12h00m com o Piquenique Comunitário que envolve todos em espírito de festa e união, fortalecendo assim os laços entre os membros da comunidade. Às 15h00m acontece a Oficina de Serigrafia aberta a toda a comunidade com Dois Demónios (coletivo criativo composto pelos ilustradores e designers gráficos André e Laura). Com as suas coleções irreverentes que ganham vida em peças têxteis, Dois Demónios trazem a magia da serigrafia, de uma maneira acessível e divertida. E o festival termina às 17h45m com a Visita Guiada Obras onde se poderá contemplar todas as obras efetuadas nesta edição, para além de integrar ainda a passagem por algumas obras feitas em edições anteriores.
redesenhando mundos
Este ano pretende dar-se continuidade ao trabalho desenvolvido, projetando-o para o futuro, incluindo novas disciplinas como a dança, a escultura ou a animação que poderão ajudar a fazer evoluir e continuar a projetar Figueiró dos Vinhos no mapa da arte, enquanto palco de atividade artística e cultural.
A arte urbana é uma poderosa ferramenta de promoção e desenvolvimento turístico, na transformação social, urbanística e económica de um qualquer território, para além de corporizar o sentimento de pertença da comunidade.
Pretendemos trazer à tona aquilo que é a Identidade Local com as manifestações artísticas, mantendo viva e não esquecendo a passagem por Figueiró dos pintores Henrique Pinto e José Malhoa e dos escultores Simões de Almeida Tio e Sobrinho. Todo o movimento naturalista presente no trabalho destes artistas continuará a ser a linha condutora de todas as disciplinas presentes no festival com o foco central na comunidade.
Esta nova edição do Festival, agora com um diferente ponto de vista, com curadoria de Ricardo Romero, pretende renovar o interesse, revivendo-o noutro sentido: alargando o imaginário, aguçando a sensibilidade, experimentando novos pontos de vista, com um olhar pessoal e coletivo, criando um espaço de recolhimento e evasão, um lugar de criatividade onde nos refugiamos na intimidade do nosso imaginário num intercâmbio intergeracional, usando fragmentos da herança cultural local e reencontrando a admiração pela beleza do que nos rodeia.
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