A moderna opereta Maria da Fonte terá a sua próxima apresentação no icónico Coliseu Porto Ageas, como destaque da abertura da primeira edição do FIATO - Festival Internacional de Artes e Ópera do Porto, no dia 13 de novembro, às 21h00.
Após estrear no prestigiado Centro Cultural de Belém (CCB) e passar pelo Pavilhão Multiusos de Fafe, Maria da Fonte volta aos palcos, reafirmando a sua importância histórica e cultural ao retratar a única revolta popular liderada por mulheres em Portugal.
Antecedendo esta apresentação, e oferecendo ao público a oportunidade de aprofundar-se na trama desta envolvente comédia, Jenny Silvestre, diretora do Laboratório de Ópera Portuguesa, pelas 19h00, mediará uma conversa com o público.
Com texto em português, baseado na figura de Maria da Fonte, uma personagem envolta em mistérios familiares e políticas locais. A trama gira em torno de Maria, seu amante Ludovino, um rico agricultor, e sua irmã Joana, com suspeitas de traição e uma conspiração liderada por Vilar e o abade Cortições, que se suspeita ser o pai de Maria e Joana, envolvendo o recrutamento de jovens para o exército.
O elenco conta com oito solistas Cátia Moreso, Luís Rodrigues, Marco Alves dos Santos, Inês Simões, Eduarda Melo, André Henriques, João Merino, Tiago Matos e onze actores, António Ignês, Juliana Campos, Rita Carolina Silva, Afonso Abreu, Afonso Lourenço, Guilherme Arabolaza, Miguel Cruz, Ricardo Morgado, Ruben Teixeira, Rui Miguel, Tiago Estremores acompanhados pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos e a Orquestra Artave. Esta opereta contou com a Direção musical e edição de partitura do Maestro João Paulo Santos e Libreto moderno e encenação de Ricardo Neves-Neves.
Sobre a recuperação desta Opereta, “Fazemo-lo por nos parecer essencial relembrar a primeira (e única) revolta popular no feminino da nossa História. A sua essencialidade recai sobre a temática da valorização da mulher em prol da igualdade de género, um dos grandes estandartes da revolução dos cravos de 1974.” destaca Jenny Silvestre, diretora do Laboratório de Ópera Portuguesa (LOP).
Sabe-se que o libreto original foi escrito por Batalha Reis, Gervásio Lobato e João Francisco de Eça Leal, no entanto, nada se sabe do seu paradeiro. O encenador Ricardo Neves Neves, foi convidado a elaborar um libreto a partir das partes que constam da versão musical. As maranhas originais não se perderam na recuperação da opereta escrita por Augusto Machado, estreada no Teatro da Trindade em 1879.
Este projecto tem como parceiros estratégicos a Égide – Associação Portuguesa das Artes, o Município de Fafe, o Município de Póvoa de Lanhoso e como parceiros Institucionais, a APARM/Academia Portuguesa de Artes Musicais, o Centro Cultural de Belém, o OPART/Teatro Nacional de São Carlos, a Orquestra Artave, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o Teatro do Eléctrico
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Sobre o Laboratório de Ópera Portuguesa
Declarado com relevante interesse cultural pelo Ministério da Cultura, o Laboratório de Ópera Portuguesa é um projeto que visa a recuperação do património operático de Portugal, contribuindo ativamente para a sua riqueza cultural e histórica. O projeto visa também promover a coesão territorial e a igualdade de género através da arte e da música.
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