sexta-feira, fevereiro 09, 2024

Manuel De Oliveira vence Prémio Carlos Paredes 2023




 “Ibéria 20|22”, álbum do guitarrista Manuel de Oliveira, venceu o Prémio Carlos Paredes 2023, uma iniciativa da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.


Instituído em 2003, o Prémio Carlos Paredes tem como objetivo homenagear um nome relevante da cultura musical portuguesa e distinguir trabalhos discográficos de música instrumental não erudita, nomeadamente de raiz popular, que tenham sido editados no
ano anterior a cada atribuição do prémio.

Para o prémio Carlos Paredes 2023, o júri foi constituído pelo poeta José Jorge Letria, por um representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, pela cantora e compositora Amélia Muge, por Pedro Campos da Sociedade Portuguesa de Autores e pelo crítico  musical Rui Filipe Reis.

Citando o juri, “… de repente não é só a Ibéria, é a Ibéria como entidade hospedeira de uma universalidade” ... “Ibéria 20|22” representa “um processo “que já teve um primeiro disco”, mostrando o segundo “a pertinência desta pessoa em não se ficar só na
superfície”, que “anda a trabalhar há 20 anos”.

Artistas como, Rão Kyao e Carminho (2013), Pedro Caldeira Cabral (2014) Ricardo Ribeiro (2017) já foram distinguidos no âmbito do Prémio Carlos Paredes.

“Ibéria 20/22”, é o disco que assinalou não só os 20 anos de carreira deste músico e compositor português, como também do seu primeiro álbum “Ibéria”, projecto que inaugurou uma parceria com os músicos espanhóis Jorge Pardo e Carles Benavent, fundadores do sexteto de Paco de Lucia, e com os quais Manuel de Oliveira tem vindo a manter uma estreita e muito especial cumplicidade.

Em 2022 o projeto IBÉRIA estreou-se ainda no formato sinfónico, com um concerto que recria 11 obras para orquestra sinfónica. A estreia teve lugar na edição do Guimarães Jazz 2022 com a Orquestra de Guimarães e re-editado em Coimbra no Convento de São
Francisco, com a Orquestra Clássica do Centro, em Janeiro de 2023.
Tendo-se apresentado recentemente no Festival "Dias do Jazz", nas Caldas da Rainha, o projeto continuará em digressão em 2024, estando previstas para Portugal mais duas edições com orquestra sinfónica ainda este ano.
De referir ainda que “Ibéria 20|22” subirá ao palco da Casa das Artes de Famalicão no próximo dia 4 de maio, em formato quinteto.

Na música de Manuel de Oliveira, fronteira, território, comunidade e identidade serão sempre palavras-chave. Se todo o artista procura a forma original de se expressar, em Oliveira a música é sempre a tentativa de reconstruir um território e uma identidade, a procura constante por algo sempre inacabado, como uma comunidade ou uma voz.
Nessa constante metamorfose existencial, enquanto guitarrista, compositor e produtor, Manuel de Oliveira tem-nos revelado, ao longo de mais de 20 anos, uma obra de identidade singular, imediatamente reconhecível na sua permanente mutação.

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