@Observador (Rádio / Jornal)
Autarquia justificou a operação com “falta de licenças de utilização”. Associação de Músicos do Stop alertou que 500 artistas ficam sem “ter para onde ir”.
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A operação começou de manhã e obrigou à saída de lojistas
JOSÉ COELHO/LUSA
Mais de uma centena de lojas do Centro Comercial Stop, na Rua do Heroísmo, no Porto, foram seladas esta terça-feira pela Polícia Municipal “por falta de licenças de utilização para funcionamento”, justificou a Câmara Municipal. Em comunicado, a autarquia presidida pelo independente Rui Moreira avançou que foram encerradas 105 das 126 lojas.
A operação começou durante a manhã e obrigou à saída de lojistas, tendo alguns músicos permanecido no exterior do edifício. O Stop funciona há mais de 20 anos como espaço cultural. Diversas frações são usadas como salas de ensaio ou estúdios.
A Câmara Municipal do Porto justificou a operação com “falta de licenças de utilização para funcionamento”, mas garantiu que “não é um processo de encerramento”. E o vereador da Economia da Câmara do Porto afirmou que o centro comercial não podia continuar a funcionar “sem condições de segurança”, assegurando que os músicos foram avisados de que o encerramento chegaria “mais dia, menos dia”.
“Os músicos já estavam avisados, e nós tínhamos vindo a falar com a associação de músicos, que isto era o cenário que ia acontecer mais dia, menos dia. Ninguém pode dizer que não estava a contar. Ninguém. Lamento”, afirmou à Lusa Ricardo Valente.
Foi marcada uma manifestação para as 18h desta terça-feira contra o encerramento e em defesa do Stop. O protesto está a ser divulgado nas redes sociais por artistas como Capicua. A mesma artista escreveu no Instagram que a autarquia não alertou “quem lá trabalha ou que tem estúdios e salas de ensaio”. “Agora temos o material todo lá dentro e estamos impedidos de entrar”, afirmou.
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