quinta-feira, janeiro 30, 2025

Uma Certa Falta de Coerência apresentam a exposição ACLOC O'CLOCK, na Culturgest Porto



8 FEV - 11 MAI 2025
Artes Visuais Porto
ACLOC O'CLOCK
Território #7
Culturgest Porto
VISITA DE IMPRENSA
7 FEV 2025
SEX 11:30

INAUGURAÇÃO
7 FEV 2025
SEX 22:00
Entrada livre

EXPOSIÇÃO
8 FEV-11 MAI 2025
TER-DOM
13:00-18:00
Entrada livre
  © Joana Linda

A exposição ACLOC O'CLOCK, com curadoria de Uma Certa Falta de Coerência – projeto expositivo fundado no Porto por André Sousa e Mauro Cerqueira - constitui o sétimo momento do ciclo Território - parceria entre a Fidelidade Arte e a Culturgest - e é apresentada de 8 de fevereiro a 11 de maio, na Culturgest Porto, com entrada gratuita. A inauguração é sexta, 7 de fevereiro, às 22:00.

ACLOC O'CLOCK reúne obras maioritariamente inéditas, nomeadamente escultura, instalação e vídeo, produzidas no contexto da exposição – de Babi Badalov (Azerbaijão, 1959), Jac Leirner (Brasil, 1961) e Stephan Dillemuth (Alemanha 1954), e interferências no espaço por parte de Uma Certa Falta de Coerência.

“E mais? Mais uma coisa: o pintor Serov estragou o seu relógio. O relógio funcionava bem, mas ele — zás! — estragou-o. E mais? Pois, é só isso.” (O Artista e o Relógio, Daniil Harms (in A Velha e Outras Histórias, Assírio e Alvim, 2007).

O título da exposição, ACLOC O’ CLOCK, é um jogo poético entre o acrónimo A Certain Lack of Coherence e a expressão o’clock (a hora exata, “according to the clock”). Segundo o relógio, a hora é de incoerência.

O ritmo de ACLOC O’ CLOCK parece querer substituir a precisão do tic-tac. O título sugere ainda noções caras aos artistas participantes na exposição: "Repetição e diferença"; um sentido poético encontrado nos objetos do dia a dia ou nas dúvidas ortográficas; um questionamento da ordem; a percepção do tempo, ora estancado, ora vertiginoso. “Nas manhãs de setembro o relógio volta a imperar, mas duvidamos da máquina ao presenciar os finais de tarde.”

No sábado, 8 de fevereiro, às 16:00, há uma visita guiada à exposição, com os curadores e artistas.
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A exposição pode ser visitada, até 11 de maio, de terça a domingo, das 13:00 às 18:00, com entrada gratuita.

 

Sobre Uma Certa Falta de Coerência

Uma Certa Falta de Coerência é um projeto expositivo fundado no Porto, em 2008, pelos artistas André Sousa e Mauro Cerqueira. Ocupando um rés-do-chão devoluto na Rua dos Caldeireiros, no centro histórico da cidade, o projeto desafia artistas de Portugal e de outros países a ocuparem, com obras inéditas, a sequência de salas estreitas e degradadas que o projeto conserva nesse estado, desde o início. Sem intuitos comerciais, sem financiamento e sem estatuto legal, Uma Certa Falta de Coerência é um campo de teste para políticas de produção e formas de entendimento próprias, tomando como ponto de partida o exercício de sobrevivência em condições adversas e livre de condicionantes institucionais.

O nome Uma Certa Falta de Coerência é uma apropriação do título A Certain Lack of Coherence, de Jimmie Durham, publicado em 1982 pela Kala Press. No livro, Durham reúne uma seleção de textos de sua autoria sobre políticas culturais, lutas de minorias e questões de identidade. A apropriação é um gesto identificação e valorização do universo de Jimmie Durham, para quem a liberdade está no centro de todas as questões.
 

Sobre Babi Badalov

Babakhan Badalov, conhecido como Babi Badalov, nasceu em 1959 em Lerik, no Azerbaijão. Vive e trabalha em Paris, desde 2011, e expressa os seus pensamentos essencialmente através de poesia visual, instalação e performance. A linguagem é um material essencial no seu trabalho, faz experiências com palavras, escreve poesia obscura, misturando línguas e imagens de diferentes culturas.

Estudou na Academia de Belas Artes de Baku de 1974 a 1978. Desde o final da década de 1990, o seu trabalho tem sido apresentado em numerosas exposições individuais, nomeadamente no Institut National d'Histoire de l'Art, Paris (2022); no Erarta Museum, São Petersburgo (2018); no M HKA - Museu de Arte Contemporânea de Antuérpia (2018); no Palais de Tokyo, Paris (2016); no Kunstraum, Munique (2015) e em Karvasla, Tbilisi (2004).

Babi Badalov participou também na Bienal de Gwangju, Coreia do Sul (2016); na Bienal de Jacarta, Indonésia (2013); na Manifesta 8, Múrcia, Espanha (2011) e na primeira Bienal de Salónica, Grécia (2007). Na Suíça, o seu trabalho foi apresentado em exposições coletivas no Shedhalle, Zurique (2018); no Kunstmuseum, Berna (2011) e no Manoir de la ville de Martigny (1993).
 

Sobre Jac Leirner

Jac Leirner nasceu em São Paulo, Brasil, em 1961, sendo uma das artistas brasileiras mais conhecidas internacionalmente, nomeadamente devido às esculturas e instalações que cria a partir de objetos mundanos e efémeros, incluindo notas, bilhetes de avião, maços de cigarros, sacos de compras ou réguas, entre outros.

Com o seu complexo vocabulário conceptual, Jac Leirner emprega como método o colecionismo e a acumulação de objetos; “souvenirs” que a artista recolhe ou extrai dos contextos originais, preferindo a coleção ao objeto unitário. Formas esculturais que remetem sempre para sistemas ulteriores – arte-históricos, museológicos, industriais, de consumo – de modo que a organização estrutural associa-se sempre a conotações sociais de troca e circulação.
 

Sobre Stephan Dillemuth

Stephan Dillemuth nasceu em Büdingen, Alemanha, em 1954. Vive e trabalha atualmente em

em Pieve Fosciana, Itália. Trabalha maioritariamente em instalação, vídeo, performance, pintura, documentos e publicações. Estudou na IHK Akademie München, com o pintor Hans Baschang, e na  Kunstakademie Düsseldorf, com Dieter Krieg. É professor na academia de belas artes de Munique.

De 1990 a 1994, dirigiu, juntamente com Josef Strau, a área de projeto Friesenwall 120, em Colónia e, em 2003, participou na primeira Bienal de Praga. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais e em exposições coletivas e bienais internacionais.

Stephan Dillemuth acredita que o seu papel como artista visual deve ser entendido no contexto da atual transformação da esfera pública moderna. Para abordar questões contemporâneas, Dillemuth dá frequente atenção a movimentos históricos, como o movimento da Lebensreform ou os esforços de renovação social alternativa dos anos 70, bem como momentos de transformação social, como a República Soviética de Munique de 1918-19.
 

Sobre a Fidelidade Arte
A Fidelidade Arte é a expressão do Programa de Responsabilidade Social do Grupo Fidelidade na vertente cultural. Na Galeria Fidelidade Arte, situada no Largo do Chiado, 8, em Lisboa, o Grupo Fidelidade promove o acesso gratuito da população em geral, a projetos artísticos nacionais e internacionais, partilhando um espaço emblemático no centro de Lisboa.Inaugurada em 2002, a Galeria Fidelidade Arte é já uma referência no roteiro cultural da cidade de Lisboa.

 

Sobre a Culturgest
A Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos dedica-se à criação contemporânea,
apresentando uma programação regular nas áreas das artes performativas, da música, das artes visuais, do cinema e do pensamento contemporâneo. Dirige-se a um público alargado – incluindo público escolar, crianças e jovens – convidando-o a usufruir de uma programação nacional e internacional de qualidade e a participar em atividades culturais atraentes e enriquecedores.
A Culturgest abriu as portas, em Lisboa, em 1993, desenvolvendo, desde então, um papel significativo no desenvolvimento do tecido artístico da cidade e do país. No Porto, inaugurou em 2002, tendo, hoje em dia, uma programação, essencialmente, dedicada às artes visuais.

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https://culturgest.pt

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