O coreógrafo François Chaignaud e o diretor musical do ensemble vocal Les Cris de Paris, Geoffroy Jourdain, apresentam a estreia nacional de t u m u l u s, na Culturgest, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de março, às 21:00 e às 19:00, respetivamente, no Auditório Emílio Rui Vilar, e nos dias 16 e 17 de março, no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, no Porto.
Um espectáculo deslumbrante visual e musicalmente composto por uma peça para treze intérpretes - treze corpos a cantar e a dançar numa procissão sem fim misturada com o poder do canto polifónico numa celebração dos ausentes.
... François Chaignaud - um dos principais representantes da dança francesa atual – e Geoffroy Jourdain – diretor musical do ensemble vocal Les Cris de Paris – trazem uma procissão de treze corpos que cantam e dançam.
No meio do palco, o chão eleva-se num pequeno monte, um túmulo coberto de verde. O cenário imponente constitui uma paisagem que liga o lugar dos mortos ao mundo dos vivos, um lugar onde os intérpretes aparecem e desaparecem num movimento perpétuo. É simultaneamente um mausoléu e uma paisagem.
O grupo colorido de canto e dança evoca a imagem de uma comunidade de corpos vivos, compartilhando a imensa alegria da fragilidade e da impermanência da vida. O seu canto polifónico ressoa nos corpos pulsantes, conjurando uma celebração espiritual de luto e consolação, dedicada aos que partiram.
Nesta criação, Chaignaud inspira-se num sonho recorrente: imagina uma comunidade de bailarinos e cantores que transcendem os limites das duas disciplinas. Acompanha-o Geoffroy Jourdain com quem partilha um interesse comum nas polifonias sagradas da Renascença – a idade de ouro do contraponto.
Em palco, uma comunidade de treze corpos ora se agrupa, ora se divide em unidades mais pequenas, contaminando-se uns aos outros e assim conduzindo a linha melódica.
A ideia de traição ganha assim uma vida: não é algo fixo nem pertence a um indivíduo; passa pelos corpos e espíritos dos que a acolhem.
t u m u l u s é uma experiência transcendente que associa voz e dança e explora o paradoxo dos corpos, divididos entre o singular e o coletivo, a materialidade e a eternidade.
Os bilhetes custam entre 5€ e 16€ (ver descontos) e estão à venda na Culturgest e na rede Ticketline.
Sobre François Chaignaud Depois de se licenciar em 2003 no Conservatório Nacional de Música e Dança de Paris, François Chaignaud colaborou com vários coreógrafos e criou peças em que a dança e o canto se encontram no cruzamento de muitas inspirações. Também historiador, François Chaignaud publicou L’Affaire Berger-Levrault: le féminisme à l’épreuve (1897-1905). A sua curiosidade pela história levou-o a encetar várias colaborações, nomeadamente com a artista Marie-Caroline Hominal (Duchesses, 2009) e Théo Mercier (Radio Vinci Park, 2016). Em 2017, Chaignaud criou Romances inciertos, un autre Orlando, em colaboração com Nino Laisné. A obra centrava-se em figuras andróginas do folclore barroco espanhol. Em 2018, produziu Souflette, uma peça para 14 bailarinos da companhia norueguesa Carte Blanche. Em 2019, produziu Symphonia Harmoniæ Cæelestium Revelationum em colaboração com Marie-Pierre Brébant e inspirando-se nas obras musicais completas de Hildegarda de Bingen. Em 2020, Chaignaud criou Gold Shower em colaboração com o ícone do butô Akaji Maro e coreografou Un Boléro, inspirando-se no trabalho de Bronislava Nijinska, com Dominique Brun e a orquestra Les Siècles.
Sobre Geoffroy Jourdain Geoffroy Jourdain começou a dirigir agrupamentos vocais desde cedo enquanto estudava musicologia na Universidade de Sorbonne e pesquisava as coleções de música italiana de várias bibliotecas europeias. Fundou Les Cris de Paris quando ainda era estudante. O grupo rapidamente se tornou conhecido pela sua visão artística arrojada e o seu compromisso na defesa da criação contemporânea. Jourdain procura encontrar formas de criar obras musicais inovadoras, colaborando com encenadores, atores, coreógrafos e artistas visuais. Encomendou e criou peças de Beat Furrer, Mauro Lanza, Marco Stroppa, Francesco Filidei, Oscar Strasnoy (incluindo a ópera Cachafaz) e Ivan Fedele e é um apaixonado pelo repertório dos séculos XVII e XVIII e por etnomusicologia. Ficha Técnica
Conceito François Chaignaud, Geoffroy Jourdain
Coreografia François Chaignaud
Direção musical Geoffroy Jourdain
Com Simon Bailly, Mario Barrantes, Florence Gengoul, Myriam Jarmache, Evann Loget-Raymond, Marie Picaut, Alan Picol, Antoine Roux-Briffaud, Vivien Simon, Maryfé Singy, Ryan Veillet, Aure Wachter, Daniel Wendler
Desenho de cena Mathieu Lorry-Dupuy
Conceção de luz Philippe Gladieux, Anthony Merlaud
Dramaturgia Baudouin Woehl
Assistente de direção musical Louis Gal
Assistente coreografia Anna Chirescu
Figurinos Romain Brau
Direção de cena e luzes Anthony Merlaud / Marinette Buchy
Técnicos de som Aude Besnard, Camille Frachet, Alban Moraud, Jean-Louis Walfart
Técnicos Laure Montagné / François Boulet
Guarda-roupa Alejandra Garcia ou Cara Ben Assayag
Direção de cena TNS
Estagiário Thomas Cany
Construção de cenário Ateliers de la Maison De La Culture Bourges/Scène nationale
Produção de figurinos acompanhada por Fusalp
Gestão e produção Mandorle productions (Garance Roggero, Jeanne Lefèvre, Léa Le Pichon), Les Cris de Paris (Antoine Boucon, Diane Geoffroy, Aurore Lamotte)
Agência de difusão internacional A Propic (Line Rousseau, Marion Gauvent)
Produção externa Mandorle production, Les Cris de Paris
Coprodução Kunstenfestivaldesarts, Bonlieu scène nationale, La Villette – Initiatives d’Artistes, Wiener Festwochen, Théâtre Vidy-Lausanne, Points Communs - scène nationale de Cergy-Pontoise, Théâtre de Saint-Quentin-en-Yvelines, TANDEM, Berliner Festspiele, Théâtre Auditorium Poitiers, Malraux scène nationale Chambéry Savoie, Opéra de Dijon, La Maison de la Danse de Lyon, Scène nationale d’Orléans, maisondelaculture de Bourges - Scène Nationale, Le Manège scène nationale – Reims, La Cité musicale - Metz, Ménagerie de Verre, Théâtre Molière - Sète scène nationale archipel de Thau, Théâtre de Cornouaille, Ballet National de Marseille – CCN, Scène Nationale du Sud-Aquitain, Festival d’Automne à Paris, Festival d’Avignon
Apoio à produção DGCA
Apoio Dance Reflections by Van Cleef & Arpels, PEPS, Jeune Théâtre National, MC93 – maison de la culture de Seine-Saint-Denis, L’échangeur CDCN Hauts-de-France, Fondation Royaumont – Asnières-sur-Oise, CN D Centre national de la Danse – accueil en résidence, Le Regard du Cygne, Conservatoire national supérieur de musique et de danse de Paris Residência de criação la vie brève – Théâtre de l'Aquarium
t u m u l u s
3-4 MAR - Sevilha, Espanha - Teatro Central 10-11 MAR - Lisboa, Portugal - Culturgest 16-17 MAR - Porto, Portugal - Teatro Municipal do Porto 23-24 MAR - Clermont-Ferrand, França - La Comédie de Clermont 28 MAR - Sète, França - Théâtre Molière à Sète 31 MAR - Poitiers, França - TAP
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