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O álbum esteve quase a chamar-se Para o que havia de estar guardado. Esse título aludia, de forma oblíqua, ao recurso a esboços instrumentais que Miguel Feraso Cabral vinha gravando no estúdio caseiro e que, durante anos, foram ficando na gaveta. Muitos dos temas de A Capa do Urso nascem precisamente daí: colagens e remisturas de sons adormecidos em discos rígidos, CD-R e cassetes.
Durante muito tempo, a ideia de usar voz e letras em português foi sendo adiada. Até que surgiu a decisão de avançar, escrevendo letras em torno de perceções da vida quotidiana urbana.
Ao longo de ano e meio, escreveu, compôs e gravou, lançando três singles em 2024 e outro em 2025.
Todos os instrumentos são tocados e gravados pelo próprio, sem qualquer preocupação em manter uma consistência de estilo — em afronta ao que tanto agrada aos algoritmos. Guitarras, bateria, eletrónica, objetos variados, manipulação de cassetes e até instrumentos inventados: tudo o que produzisse som e estivesse ao alcance no estúdio foi usado para coser A Capa do Urso.
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"Uma agradável surpresa"
Sérgio Xavier (Português Suave - RUM)
"Cabral é um músico com muitas ideias e recursos"
Rui Eduardo Paes (ensaísta, ex-editor da JAZZ.PT)
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https://miguelferasocabral.bandcamp.com/
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