Gonçalo Amorim / Teatro Experimental do Porto apresentam José Afonso, ao vivo nos Coliseus, 1983 na Culturgest, em Lisboa, nos dias 11 e 12 de dezembro às 21:00 e no dia 13 de dezembro às 19:00 no Auditório Emílio Rui Vilar.
Um espetáculo sobre os últimos concertos de José Afonso nos coliseus de Lisboa e do Porto que entrelaça música, teatro, performance e poesia reinterpretando o legado de Zeca e celebrando a memória de um dos seus maiores cantores da democracia portuguesa.
No dia 13 de dezembro haverá sessão com Audiodescrição e Interpretação em Língua Gestual Portuguesa e o reconhecimento de palco para pessoas com deficiência visual (cegas e de baixa visão) acontece pelas 18:00 no mesmo dia.
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11 & 12 DEZ
QUI & SEX 21:00
13 DEZ
SÁB 19:00
Teatro
GONÇALO AMORIM / TEATRO EXPERIMENTAL DO PORTO
José Afonso, ao vivo nos Coliseus, 1983
Auditório Emílio Rui Vilar
M/12
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Fotografia - José Sérgio
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Em 1983, José Afonso — já profundamente fragilizado pela doença que viria a pôr fim à sua vida quatro anos mais tarde — voltou aos palcos dos coliseus do Porto e de Lisboa para aquele que seria o seu derradeiro encontro com o público. O concerto de Lisboa, registado pela RTP, viria a fixar-se como um momento inesquecível da cultura e da memória coletiva em Portugal.
José Afonso, ao vivo nos Coliseus, 1983 é um espetáculo que combina música, teatro, performance e poesia. Em vez de recriar fielmente o concerto, procura reler e renovar o legado de Zeca, tomando como ponto de partida a despedida simbólica que aqueles espetáculos representaram, não apenas a despedida de um artista, mas o encerramento de um ciclo histórico.
Com o último adeus de José Afonso, também o país parecia afastar-se do idealismo revolucionário de abril, num momento em que novas mudanças se aproximavam. A partir dessa consciência, tanto histórica como emocional, o espetáculo convoca a força, a nostalgia e a resiliência de um povo, homenageando a memória de uma das suas figuras mais marcantes e o impacto duradouro da sua voz na consolidação da democracia portuguesa.
Com direção artística de Gonçalo Amorim e textos originais de Lígia Soares, Marta Figueiredo, Miguel Cardoso, Rui Pina Coelho e Susana Moreira Marques., o espectáculo não pretende reconstituir a versão original, mas reinventá-la à luz de uma abordagem contemporânea inspirada no Gig Theatre, uma forma híbrida funde a energia dos concertos ao vivo com a narrativa teatral, reinterpretando o legado de Zeca com liberdade criativa e profunda ressonância emocional. "O espetáculo não pretende reconstituir o concerto original, mas reinterpretar a sua essência: o adeus simbólico de um artista e o fim de uma era", destaca Gonçalo Amorim.
Com um olhar contemporâneo, esta peça encena um tributo ao legado do artista, fundindo várias vertentes artísticas. "Parece-me que há dois gestos de encenação que são fundamentais, não são nada de muito complicado, mas que me parece que marcam o espetáculo, que é o entregar da voz do José Afonso à Mariana Leite Soares, uma jovem cantautora do Porto, que tem formação clássica. E colocar as palavras do José Afonso na voz de uma jovem portuguesa de 30 anos, com uma voz muito característica e que comunica, parece-me, com os tempos que vivemos", refere Rui Pina Coelho.
A sua ideia parte de uma consciência histórica e social: ao revisitar esse momento de 1983, a peça pretende também funcionar como um espelho sobre o presente, evocando valores como memória coletiva, resistência, democracia e consciência social nos dias actuais.
Os bilhetes para custam 16€ (ver descontos) e estão à venda na Culturgest e na rede Ticketline.
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Sobre Gonçalo Amorim e Teatro Experimental Do Porto (TEP)
Gonçalo Amorim (Porto, 1976) é ator e encenador e em 2012 assumiu a direção artística do Teatro Experimental do Porto, onde era encenador residente desde 2010. É também Diretor Artístico do FITEI desde 2014.
Teatro Experimental Do Porto (TEP) é a mais antiga companhia teatral portuguesa e percursora do teatro moderno, tendo estreado o primeiro espetáculo em 1953, sob a direção artística de António Pedro. Em 2012, a direção artística foi assumida por Gonçalo Amorim, encenador residente desde 2010.
Encenação
Gonçalo Amorim
Coordenação dramatúrgica
Rui Pina Coelho
Textos
Lígia Soares, Marta Figueiredo, Miguel Cardoso, Rui Pina Coelho, Susana Moreira Marques
Interpretação
Catarina Chora, Catarina Carvalho Gomes, Inês Salvado, Hugo Inácio
Banda
Mariana Leite Soares, Pedro João, Josué, Saulo Giovannini, Teresa Costa
Direção musical
Mariana Leite Soares e Pedro João
Coprodução
Teatro Experimental do Porto, Teatro Municipal do Porto, Culturgest, Centro Dramático Galego e CineTeatro Louletano
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