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A artista multidisciplinar Merai, estreia-se na literatura com o lançamento do livro “Contos e Mitos de Plorema”, uma obra que se inscreve na tradição do realismo mágico e da escrita simbólica. Através de seis histórias que compõem um universo misterioso e encantado, Merai convida leitores de todas as idades a uma experiência íntima e mitológica, em busca de significado, beleza e reencontro com a natureza.
Nascida em Lisboa em 2000, Mariana Frangioia Portela, de ascendência luso-angolana, tem vindo a afirmar-se como uma criadora singular sob o nome artístico Merai — personagem que, por sua vez, nasceu no seio da própria obra. Este livro marca mais um passo no percurso singular de Merai, cuja prática transita entre a música, a escrita, a performance, o pensamento crítico e a imagem.
Reconhecida pelas suas canções autorais como “Ser (Mito de Orfeu)” e “O Meu Corpo Não”, Merai tem vindo a construir um universo criativo coeso e profundamente pessoal, onde tudo comunica: da composição musical à realização visual, da poesia à intervenção política. Desde o início do seu percurso, tem assumido um carácter multidisciplinar enquanto artista — participando em festivais e antologias de poesia, compondo a banda sonora para a peça de dança contemporânea “Espaço Privado” e apresentando, em 2025, duas performances no Teatro São Luiz, integradas na programação da Noite das Ideias. É também presença regular em conversas sobre temas como feminismo, arte e democracia.
"Contos e Mitos de Plorema" surge como o primeiro capítulo de um mundo em expansão. Através de personagens, símbolos e paisagens de um tempo não-linear, a obra devolve-nos a linguagem do mito e da intuição, numa tentativa de resgatar a relação ancestral entre o ser humano e a natureza. Entre os contos está a origem do próprio nome Merai, uma criança que dialoga com o Fogo, uma máquina fotográfica que antecipa o Futuro, entre outros episódios tocados por magia e reflexão.
“A história, com as suas várias facetas, ganhou forma numa viagem a Cabo Verde em 2018, através de fotografias tiradas com uma máquina descartável (máquina essa que por si só deu origem ao conto da Máquina Fotográfica que Fotografava o Futuro)”, partilha a autora.
Num tempo marcado pela automatização e pela perda de conexão, “Contos e Mitos de Plorema” afirma-se como um gesto contra a banalização da vida. É um apelo ao encantamento e à escuta, à criação de uma mitologia própria que se abre ao universal.
O livro será lançado a 20 de novembro, com apresentação oficial na Livraria Greta (Lisboa), às 19:00, na presença da autora. A obra estará disponível nas plataformas digitais.
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https://www.instagram.com/meramerai/

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